A ginecomastia é uma condição que afeta os homens, e se caracteriza pelo crescimento das mamas fora do normal no sexo masculino. A maioria das pessoas costuma pensar que esse problema ocorre devido ao excesso de gordura, mas na verdade, ocorre por causa do excesso de tecido mamário.
Essa condição possui 3 picos fisiológicos, que regridem de uma forma natural, sem precisar de tratamentos:
- Durante a lactação, quando o leite materno influencia a criança, ocasionando esse aumento da glândula mamária. Após o período de amamentação, o problema desaparece por conta própria. Esse aumento ocorre devido a uma reação ao contato do bebê com o hormônio do estrogênio liberado pelo leite materno.
- No período da puberdade, quando há um aumento nos hormônios e um desbalanço deles no menino. Isso gera o aumento da glândula, que após um tempo, regride sozinha. O aumento ocorre devido a um aumento tardio da quantidade da testosterona no menino, em relação a quantidade de estrogênio.
- Andropausa. Quando o homem, já na fase adulta, passa por uma queda de hormônios e um desbalanço hormonal. A queda do hormônio da testosterona, processo natural durante o envelhecimento, é a causa desse aumento.
A gordura acumulada na região torácica também pode levar a um desenvolvimento excessivo do tecido mamário, um processo chamado de pseudoginecomastia, causado pelo ganho de gordura em excesso. Mas é importante ter em mente que se trata de dois processos diferentes.
Na ginecomastia original, é possível sentir a presença de um nódulo duro na região do mamilo, e ele pode ser doloroso.
O tratamento para a condição conta com medicamentos responsáveis por diminuir o efeito e os níveis do hormônio estrogênio no organismo, e aumentar os níveis de testosterona. Além disso, também há o tratamento cirúrgico. Conheça os detalhes da cirurgia de ginecomastia:
Tratamento cirúrgico
O tipo do procedimento adequado para cada paciente vai depender do quadro de evolução do crescimento mamário.
A cirurgia realizada para a correção de mamas com muito volume, também se chama ginecomastia. O procedimento pode ser realizado em apenas uma ou nas duas mamas, e para fazê-lo, o paciente deve estar no seu peso ideal.
A indicação da cirurgia depende do desejo do paciente, dessa forma, os homens que não se incomodam com o crescimento das mamas, não precisam realizá-la. A não ser, é claro, que existam doenças associadas.
Para poder ser submetido ao procedimento, é necessário ser maior de idade. Afinal, como explicado, adolescentes podem passar pela condição da ginecomastia apenas por influência do desbalanço hormonal da puberdade, algo que se corrige sozinho após algum tempo. A cirurgia é indicada quando os sintomas não desaparecem, e atravessam a vida adulta.
A operação consiste em pequenas incisões na mama, na margem inferior da aréola, para a retirada das glândulas e da gordura. Durante o procedimento, é preciso realizar a remoção de toda a glândula mamária, pois caso o cirurgião deixe um resquício desse tecido, o problema poderá voltar a se desenvolver no paciente.
Para saber se o tratamento cirúrgico realmente é necessário no seu caso, converse com o seu cirurgião. Em alguns casos, a condição pode ser resolvida através do tratamento medicamentoso.
Exames solicitados
São solicitados alguns exames laboratoriais antes da realização da cirurgia, como o hemograma completo. Também será avaliada a possível presença de anemia, infecções ou alterações na contagem de plaquetas.
Podem ser solicitadas também as dosagens de sódio, potássio, ureia e creatinina para a avaliação da função renal. E além disso, também é avaliada a presença de diabetes ou de distúrbios de coagulação de sangue no organismo do paciente, realizando alguns testes.
Qual o tipo de anestesia realizada?
Os procedimentos cirúrgicos são realizados com anestesia local e sedação.
Qual a duração da cirurgia?
A duração da cirurgia da ginecomastia e também a lipomastia é bem curta, em média 1h ou 1h30min. Em casos mais raros, pode durar 3h.
Cuidados pós-cirúrgicos
No pós-cirúrgico, é necessário o uso de drenos por aproximadamente 3 dias, e também um colete elástico por cerca de 30 a 45 dias, na região do tórax.
É essencial suspender as atividades físicas por no mínimo 30 dias, e retornar apenas com a autorização do médico. O tabagismo também deve ser evitado por no mínimo 2 semanas, pois o cigarro prejudica o processo de cicatrização.
O cirurgião costuma prescrever um antibiótico para evitar infecções, e também medicamentos para o alívio das dores pós-cirúrgicas.
Normalmente os pacientes recebem alta no mesmo dia. A recuperação é rápida, e os pacientes poderão retornar às suas atividades normais em um curto período de tempo. É claro que isso vai depender de cada caso, e possíveis complicações podem atrapalhar o processo.
Quanto à cicatriz, é importante ter em mente que a incisão depende da quantidade de tecido a ser retirado. Dessa forma, uma maior remoção de pele deixa cicatrizes maiores.
Cirurgia Lipomastia
Ao contrário da ginecomastia, a lipomastia é uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo das mamas dos homens, mas causada pelo acúmulo de gordura na região. Ou seja, ocorre quando o paciente está acima do peso. A lipomastia é muito confundida com a ginecomastia, e também pode ser resolvida com um procedimento cirúrgico.
A cirurgia para a condição também é chamada de lipomastia. É um tipo de lipoaspiração indicada para essa área, ideal para casos de acúmulo de gordura na região das mamas.
O cirurgião realiza um pequeno corte ao redor da aréola, de 1cm, aproximadamente. Logo, ele introduz uma cânula, e suga toda a gordura da região. Caso o paciente possua uma hipertrofia da glândula mamária, o cirurgião também a remove utilizando o bisturi.
Cuidados pós-cirúrgicos
No pós-operatório da lipomastia, podem aparecer inchaços e hematomas na região. Utilizando os medicamentos prescritos pelo cirurgião, esses sintomas desaparecem em um curto período de tempo.
A recuperação da lipomastia é bem parecida com a da ginecomastia. Veja abaixo as recomendações:
- Evitar atividades físicas por 2 meses;
- Utilizar a cinta compressiva por pelo menos 30 dias;
- Dirigir após 14 dias;
- Retornar ao trabalho após 5 dias;
- Evitar a exposição solar na cicatriz;